Lenda do Opala Preto

Acredito que todo mundo tem uma historinha pra contar envolvendo o opala. Pois ele foi um carro que indiscutivelmente marcou nas suas épocas de glórias. E nesse tempo o passado somou muitas histórias para contar. Diz uma lenda que existiu um opala preto que era amaldiçoado pela escuridão. Esse opala assombrado vivia perseguindo outros carros nas estradas ao estilo do filme máquina do diabo. Diziam que era preciso rezar para o falecido motorista do opala negro pra que ele evaporasse na alta velocidade. Pior que tem criança que acredita como se papai noel existisse.
Eu particularmente gosto de ouvir essas histórias, essas imaginações, pois alimenta o meu bom humor no dia-a-dia.
Depois até eu tenho uma história para contar a respeito de um opala preto. O opala da foto foi tirado por mim após meses de procura. A primeira vez que o vi, ele estava 'gritando' atrás de um Puma GTB vermelho. Os dois passaram por mim através da Br 365 e seguiram rasgando a reta sumindo das minhas vista após alguns segundos. Os dois bichos estavam travando uma briga feia nos asfalto. E como eu estava andando no golzinho estrangulado do meu irmão, não dava pé tentar seguir os brutamontes. Então que após alguns meses, lá pelas quase meia-noite, eu estava na avenida Floriano Peixoto dando um rolê no centro da cidade, andando só na maciosa curtindo meus cds preferidos, e chegando numa esquina eu avisto a maldida "loba assassina" estacionada. Parei imediatamente e peguei logo minha camera fotográfica. Eu estava com a máquina fotográfica no carro porque realmente acreditava que um dia ia encontrar esse opala novamente numa noite de fim de semana. Me aproximando do bólido observei que se tratava de um opala duas portas, levemente rebaixado, com a traseira do gran luxo 72 e a dianteira modificada esteticamente. Capô com um pequeno recorte, pneus largos e borrachudos na traseira, escapamento 6x2 terminando numa curva após a porta do motorista, e vidros fumê com os frisos envolventes metálicos. Eu fiquei de queixo caído, o modelo me fez lembrar o estilo do carro australiano Ford Falcon V8 Interceptor do filme Mad Max sobrevivendo ao apocalipse.
É uma boa história né? Eu inventei uns lances ali mas esse opala preto realmente existe aqui na vila e chama muito a atenção devido à cor, eu já o vi cinco vezes e está com a grade dianteira original.
Confesso que na época tirei a foto com pressa e saí correndo dali.
Foi medo de quê?

Timbre de Voz

Esse é o opala de rua da oficina Gil Motors, campeão do envento Racha Interlagos na noite do último sábado, dia 5 de abril de 2008. Lembre-se, tem diferença entre racha na rua e racha no autódromo com toda intra-estrutura legalizada.
Bom, meu propósito aqui não é falar do evento e sim do barulho do motor nervoso respirando vida. O timbre de voz do opala tem sua marca registrada, é inconfundível. Gosto de ouvir as "pipocas" estourando... ouvir aqueles tiros de armas de guerra soltando uns rungidos estranhos... é uma composição de uma bela automotiva música feroz.
Há também um outro vídeo que não me canso de ver.
É do YBL do piloto Agenor Scortgagna.
Pena que a resolução não está boa, é um maravilhoso vídeo.
Repare nos espirros, nos estouros e nas labaredas de fogo do combustível metanol.
Quem gosta de alta performance ama esse momento de relaxamento.

Hoje esse opala anda com motor V8 de dragster, nada mal.
Saudades do velho e bom 6 cilindros com sua explosão!

Santa Matilde Drift

O automobilismo mundial não para de crescer, são tantas modalidades que até desconheço muito dos nomes. Mas existe uma esportividade originada no japão chamada 'Drift', que consiste em governar um carro que está desgovernado. No japão o drift é muito popular, é considerado um estilo de vida. Tempos pra cá o drift chegou aos EUA e agora está engattinhando no Brasil. Mas porém tem uma questão que peca e muito nas terras brasileiras. Para se fazer drift é necessário que o carro seja de tração traseira, o qual não é a realidade dos carros nacionais do mercado atual. Os nacionais existente são opala, maverick, dodge, puma, fusca, landal, galaxie, chevete, e outros foras-de-séries. Mas para uma competição ao nível do japonês é bom que o carro responda a alguns quesitos como tamanho, peso, aerodinâmica, suspensões e outras peças especiais e principalmente um motor muito forte.
Então pensando nessas exigências lembrei de um carro 100% nacional que pode fazer bonito numa competição de drift. Esse carro é um fora-de-série chamado Santa Matilde equipada de fábrica com a mecânica seis cilindros do opala. Aos meus olhos é um belo carro, gostaria de ter uma santa matilde. É um carro raro nas ruas, realmente uma "mosca branca". A foto acima é uma santa matilde equipada para competições de arrancada, desconheço em qual região ela compete. Pena que só tenho essa foto para ilustrar esse espaço.

Sem Capô

Ano retrasado eu fui no mega encontro de carros que aconteceu no parque de eventos Camaru de Uberlândia. E como não podia deixar de ser, fiquei mais tempo no espaço destinados aos automóveis antigos. Lá pude ver exemplos dignos de capa de revista. Belos opalas, mavericks, dodges e outros mais. E foi lá que um dodge charger r/t me chamou a atenção. Ele era branco com faixas pretas e no capô podia se ver um blower saindo do mesmo. Achei "da hora".
Outro dia estava na João Naves de Ávila almoçando em um self-service, olhei para a avenida e logo vejo o danado do dodge se aproximando e parando no semáforo. Ele estava sem o capô, deixando à vista todo o seu coração. Confesso que gostei da agressividade do motor à mostra, até pensei em fazer o mesmo com o meu opalão. Queria tirar o capô do opala e sair desfilando assim por um tempinho, num prazer diferente.
Quem é que não fica imprenssionado ao ver o tamanho de um motor seis cilindros?
Essa é uma das coisas legais do opala, assim como o dodge chamam a atenção naturalmente sem precisar fazer magia. Seu ronco ao respirar o ar das ruas já bastam para todos dizerem: "o opala vem aí".